Um véu que nos une.

Para todas as mamãs que se questionam se gostarão mesmo dos seus bebés, se eles as reconhecem,  se estarão a fazer o suficiente e a fazer bem. Para todas as mamãs que, estando desmemoriadas e exaustas de tanto dar, não entendem porque os seus bebés parecem sorrir a toda a gente, dar beijos e abraços a toda a gente mas não sorriem ou beijam a mãe.




Vou passar a mensagem da mesmo forma que a ouvi,, tentando passar a sua magia pois é muito bela e acompanha-me, com muita emoção, desde que o meu filho mais velho era ainda bebé.




Alguma vez viram uma imagem da Virgem com o menino Jesus, como a da Capela Sistina? Há imensas, em todas as variantes cristãs, incluindo as ortodoxas russas.





Em todas as imagens, a virgem é representada com um manto azul, que a protege do mundo exterior e a resguarda, com o seu menino e, com um manto translúcido/ branco/ beije que passa pela sua cabeça e pelo peito e costas do menino Jesus, seu filho.




Este pano de cor clara, é a energia vital que une a mãe e o filho. A energia de que a mãe dispõe para alimentar o filho nos seus corpos físico, emocional, mental e espiritual.




Até aos 8 meses (mais coisa menos coisa), a criança depende da energia vital da mãe e, para ela, não existe separação entre as duas,  é como se mãe e filho fossem um só. A criança não sorri para a mãe, porque não sorri para si própria, tal como não sorri para o seu reflexo no espelho.




Esta visão foi-me dada pela médica antroposófica Manuela Tavares, numa das consultas em que eu me queixei de estar exausta e pedia suplementos vitamínicos que me ajudassem.

A médica respondeu que, de admirar seria eu não estar cansada e sem memória pois a minha energia vital é que mantinha o meu filho vivo. Era eu, com a mama, carinho, presença, que estava a permitir o seu processo de encarnação, se eu tivesse muita energia - ou tanta energia quanto antes do nascimento do meu filho - é porque a minha energia vital não estava a ser dividida com o meu filho e, por consequência, ele estaria menos saudável, menos inteiro no seu processo de encarnação (de etérico a físico). Quanto mais forte o processo de encarnação, maior capacidade do indivíduo para ultrapassar os fatores hereditários que enfraquecem os seus diferentes corpos. (*)




Por ter gostado tanto desta explicação, coloquei um quadro da virgem com o menino no meu quarto. Ajudava-me a lembrar que tudo estava bem. A observação de obras da virgem com o menino, acompanhadas de inspirações e expirações profundas, passou a ser uma das minhas formas de meditação.




Também comecei a reparar que nas imagens em que o menino já fica de pé, ou em contacto direto com outras pessoas, embora no colo da mãe, o manto azul envolve apenas a Virgem, não fazendo sombra sobre o menino, e o véu transparente desaparece.

Há uma sabedoria ancestral que foi transmitida através da pintura e escultura e que, para a população em geral, se perdeu.

Sinto muito carinho quando observo representações explicitas ou ocultas, relativas à maternidade, que apesar de não serem vinculadas pela maioria, são verdadeiras no meu dia-a-dia, é para mim, como a reificacão da pertença a uma quase infinita linhagem de mulheres, que nutre e abençoa a mãe que eu sou e a minha relação com os meus meninos.




Podem procurar uma imagem on-line, imprimir, guarda-la como pano de fundo do ecrã...
https://www.google.pt/search?q=madonna+michael+angelo&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAWoVChMI3PKvqKrExwIVwlgUCh22mAQp&biw=1366&bih=657#tbm=isch&q=madonna+and+jesus+peinture




Há quem descarte totalmente a abordagem antroposófica do desenvolvimento do ser humano por acreditar que a antroposofia é a favor do desmame precoce. Essa é apenas uma das interpretações arbitrárias das palavras de Steiner. Nestes links aborda-se a amamentação na antroposofia:




http://www.waldorfwithoutwalls.com/articles/breastfeeding




http://www.christopherushomeschool.org/early-years-nurturing-young-children-at-home/the-waldorf-baby.HTML



(*)  "Coming from pre-earthly existence, the individual human spirit has to seek out possibilities in its own body and in the social environment that will enable it to fulfil itself. Especially during the first three seven-year periods of life it shapes its body into an instrument that can serve the active achievement of destiny, and this body ought to present no obstruction. During the early years of life a battle ensues between the individual spirit and the powers of heredity.The latter will win either if they are too strong in themselves or if the incarnating ego is too weak to take hold of its body in an individual way." (file:///C:/Users/foto/AppData/Local/Temp/JAM4.pdf)


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